Trufô no cu de Godar é Lola (Países Baixos, 2008). Direção de Danny DeVito. Estrelando Matheus Natchergaele, Verne Troyer, Giulietta Masina, ET, Toulouse-Lautrec, María Antonieta de Las Nieves, Grande Otelo, Carolina Pavanelli e Pequeno Elenco. Nos anos 60, estudantes de cinema verticalmente prejudicados constroem uma máquina do tempo a partir de ambicioso experimento envolvendo conceitos de tempo, espaço e macarena ídiche. Decididos a desafiar a prisão temporal em busca do filme perfeito, começam uma jornada sensacional pela história do cinema. Contudo, por motivos de força menor, caem no apartamento do herdeiro biba de Jean-Luke Godar – renomado cineasta que, a essa altura do campeonato, passava as tardes trancado no apartamento, tricotando papel higiênico e assustando vizinhos com uma interpretação mocoronga de Ferris Bueller, contra-plongé, bengala de fora. Instruídos por Lola Godar, filhota queima-rosca do ícone da cinémathèque française, o grupo aos poucos esfarela certezas sobre o fazer cinematográfico, tendo como ponto G de partida (e entrada, e partida, e entrada) correntes posteriores aos bambas da nouvelle-vague. Com Lola, os estudantes aprenderão que é possível descer do salto e ainda assim estar à altura e grossura de gigantes do cinèma. Passando por obras-primas do Cinema de Retaguarda, como a pérola O Demônio dá onze horas, até a releitura cartesiana proposta pelo manifesto revolucionário O discurso do méto tudo mermo, e daí?, dedicado a discutir se a extensão da res cogitans de um cineasta faz ou não diferença afinal de contas, os viajantes do tempo terão sua visão de mundo e outros pontos do seu ser alargados após a experiência de inestimável valor fálico. Um clássico para baixinhos de todas as idades.
julho 22, 2008 às 12:11 am |
hmmm, pouco pirú e muito allen, que saudade disso!